Na última quarta, 15, servidores e estudantes de instituições de ensino de todo o país protestaram contra o contigencimento de verbas para a educação, anunciado pelo MEC.
No último dia 15 de maio foi realizada uma mobilização com a paralisação das atividades normais de escolas e universidades para reivindicar o direito a educação pública de qualidade, em oposição ao corte de 30% das verbas direcionadas ao custeio de instuitições federais de educação. No IFMT, em Lucas do Rio Verde, houve adesão voluntária à mobilização, o que também aconteceu em centenas de municípios pelo país.
O diretor do campus avançado Lucas do Rio Verde, João Vicente Neto, informou que os servidores do Instituto aderiram à mobilização e nesta quarta, no período da manhã, foram feitas atividades relacionadas ao tema. A respeito do contingenciamento, o diretor afirma que esse poderá atrapalhar o planejamento do campus no que se refere às ações de melhoria da estrutura física que eram previstas para 2019.
Em nota oficial publicada no dia 03 de maio, o reitor do IFMT, Willian Silva de Paula, comunicou possível replanejamento de ações. Segundo o gestor local, a reitoria ainda não detalhou o que de fato será feito para as adequações necessárias, mas destaca que na reunião ordinária do Colégio de Dirigentes do IFMT, que acontecerá em Barra do Garças, nos dias 20 e 21/05, será apresentado aos diretores o planejamento para as adequações.
Ainda de acordo com João Vicente Neto, o bloqueio não atrapalhará o funcionamento do Instituto em 2019, pois os quantitativos de assistência estudantil e pagamento de salários dos servidores foram preservados integralmente. Além disso, o planejamento para aquisições de insumos necessários para as execuções de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão planejadas para 2019 foi feito no ano passado (2018), incluindo-se aí a participação nos Jogos (JIF-MT) e a IV Semana Tecnológica, completou o diretor.
O professor Marcos Marinho Filho, professor de História e Sociologia lamenta: “Infelizmente, aqui no Brasil, cortes, contingenciamentos e bloqueios no repasse de recursos para financiamento das instituições públicas é algo recorrente.”. O docente também ressaltou que o contingencimento pode implicar em uma readaptação indesejada para as instituições federais de ensino, o que ocasionaria uma redução das possibilidades de desenvolvimento de suas práticas junto à comunidade.
Por Shirlei Schneider, do Projeto IF News